Written on the 3rd of August 2008 (Sunday)
Still, updated... two years later.
Sinto-me um "guichê" de reclamações...
Still, updated... two years later.
Sinto-me um "guichê" de reclamações...
Amigos que nunca me vêem e reclamam a minha presença. Em jantares onde nunca consigo estar, saídas divertidas nas quais nunca chego a aparecer, e nem para um simples café com um amigo novo que gostaria de estar mais tempo comigo...
Em momentos breves de fim-de-semana, a família reclama a minha atenção em conversas triviais e a presença à mesa onde o almoço é sempre mais longo aos Domingos...
Em momentos breves de fim-de-semana, a família reclama a minha atenção em conversas triviais e a presença à mesa onde o almoço é sempre mais longo aos Domingos...
Estou cansada das reclamações! Mas pior que isso... estou saturada das minhas "desculpas" de sempre, que me forçam a não estar presente... e que originam as "reclamações". Estou cansada de estar cansada de mim.
Sinto a Vida a passar ao lado... Literalmente! Acho sempre que é uma questão de tempo... Tempo... E vou adiando o Tempo para estar comigo, o Tempo para me dar aos outros, mas principalmente, o Tempo para usufruir de mim e ser Feliz.
O Tempo que passa sem que eu dê por isso, sem que eu perceba que vou perdendo dias, momentos especiais e com tudo isto... pessoas que me são queridas, pessoas que não conheço e que poderia conhecer porque nunca estou, nunca vou, nunca saio... porque estou sem paciência, porque estou farta de me ver desta forma e prefiro nem me dar a conhecer.
Engolida pela vertigem dos dias, que me corta a respiração, me prende a Alma e me amarra a dias automatizados - todos iguais... esta é uma vertigem que me suga as emoções, a energia anímica e tudo o que me preenche os Sonhos.
Apago a "luz" interior para me aguentar meses e meses consecutivos sem permitir que o meu "eu" se faça ouvir. Calo-o com uma "mordaça" e fecho-o no escuro para não o escutar e muito menos sentir aquilo que ele me tenta fazer recordar e a pedir: deixar tudo e todos e partir!
Apago a "luz" interior para me aguentar meses e meses consecutivos sem permitir que o meu "eu" se faça ouvir. Calo-o com uma "mordaça" e fecho-o no escuro para não o escutar e muito menos sentir aquilo que ele me tenta fazer recordar e a pedir: deixar tudo e todos e partir!
O meu "guichê" de reclamações acumula pilhas e pilhas de queixas, de pressões por "resolver", de pedidos para "acender a Luz" que faça regressar a Birdie que muitos conheceram e que apenas eu reconhecerei se voltar a sentir aquele pulsar pela Vida.
Os que não conhecem, nem entendem...
Diz o ditado que "Água Mole em pedra Dura, tanto Bate até que Fura".
Olho para a linha do horizonte que beija o Mar e revejo-me em múltiplos sonhos que vou adiando como adio o Tempo que quero para mim... Tenho uma Caixa cheia de Sonhos por desembrulhar e abrir. Já passou tempo demais.
Olho para a linha do horizonte que beija o Mar e revejo-me em múltiplos sonhos que vou adiando como adio o Tempo que quero para mim... Tenho uma Caixa cheia de Sonhos por desembrulhar e abrir. Já passou tempo demais.
Estou cansada de tanto esperar e ainda mais das minhas desculpas de sempre.
O Sol diz-me adeus e deixa-me envolvida em tons de pastel, antecipando a escuridão do meu "Buncker". A brisa fresca sussura-me que vem aí mais um Outono e que o Tempo não espera por mim...
Tento respirar fundo, mas não consigo porque o Coração está demasiado duro e amarrado para me sentir.
O Sol desapareceu e a Lua chega a tempo de testemunhar duas lágrimas que se soltam dos meus olhos fixos no Tempo que não consegue agarrar e que me grita das entranhas para agarrar na mochila e me fazer à estrada, em busca de Vida, em busca de mim.
Não quero voltar para os meus dias escuros e automatizados. Apenas quero estar onde possa ficar do tamanho da paz e tenha somente a certeza dos limites do Corpo, do equilíbrio da Alma e... nada mais.
Love,
Take Care.
Hoje... Namastè
Birdie
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