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Friday, November 23, 2007

Está um Frio do Caneco!

É mesmo verdade!
Novembro chegou mesmo, e com ele o friozinho característico desta época!
Ainda bem! Gosto dos dias frios... Cheios de Sol, de preferência!

O frio acentuou-se tanto que até o nosso amigo James Blunt se anda a queixar...
Ora vejam ... e ouçam! ;)

Votos de bom fim-de-semaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaana!!


Monday, November 19, 2007

Quando se Sente em Absoluto o Dom de Existir...

... porque há quem nos lê a Alma e escuta.
E também músicas que conseguem ir muito além das palavras que as entoam, tornando possível a tradução de sentimentos tão complexos como os do Ser-Humano...

Partilho uma música lindíssima - Amado - que dedico ao Pier.

Beijo para o Amicco ;) e obrigada por me teres dado a conhecer um bocadinho do lindíssimo Ser que há em ti... e pela Vanessa. ;)

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do sol, postal, mais ninguém

Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu Jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais..

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer

Sinto absoluto o dom de existir, não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você




Amado, por Vanessa da Mata

Monday, November 05, 2007

Saturday, November 03, 2007

Olhares de Pássaro...

Para recordar Lisboa e muitos outros detalhes pertencentes ao meu roteiro de vida...
Para recordar, sempre. Esteja onde estiver...

Thursday, November 01, 2007

O Renascer das Cinzas...

A campainha tocou.
Corri para o receptor onde no écran estava alguém ensanguentado, com uma estaca espetada no coração. Sorri... Era o P.
Abri a porta com dificuldade, já que trazia nas mãos os restos do pó branco que me deixou mais esquálida que o normal e mais branca que a cal, e regressei em passo corrido para a casa-de-banho onde, com a ajuda do espelho, terminava os últimos rituais...

Havia incenso a queimar em todas as divisões da casa, velas acessas, e música com muitos decibéis acima do normal, originando um ambiente meio... bizarro...
Ouvi a voz do P., que em jeito de grito tentava fazer-se ouvir no meio de todo aquele "ambiente difuso".
- "Posso entrar??!"
- "Claro!!" - soltei eu num "Lá bemol agudo", que resultou no meu estridente grito de "boas-vindas", seguido de uma gargalhada acutilante que percorreu a totalidade da escala musical em clave de Sol... numa noite de Lua semi-cheia.
- "Estou aqui, podes vir!", voltei a gritar a P., que já vinha ao meu encontro com alguma curiosidade em relação ao meu aspecto. Virei-me, e...:

- "Aaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh", gritámos em simultâneo, numa desafinação total! Qual dos dois o mais assustado!
De facto, metiamos medo ao susto, e depois da troca de elogios rasgados, entre gargalhadas ensanguentadas, lá saimos em direcção à Noite... a Noite de todas as Bruxas, de todos os monstros e Almas de outros mundos... Prometia!

O meu cabelo negro, comprido e escorrido, ficou preso na porta do carro.
- "De facto, estas "dimensões" de cabelo não se compadecem com os tempos modernos...", dizia para o P. que com ar de morto vivo esperava pacientemente ao volante para arrancar.
Olhámos um para o outro, mais uma vez, e desatámos a rir!
- "Estás uma autêntica Mrs. Adams!", dizia o P., num tom de graçola!
E eu respondi no meu melhor British accent:
- "Thank you very much, Count Dracula! You are also terrifyingly-sexy!", e pisquei-lhe o olho numa risada ruidosa... do outro mundo.
Arrancámos num transporte de século XXI, em direcção à casa da S. onde, numa viagem no Tempo, iriamos jantar em ambiente de muitos séculos atrás, na penumbra de candelabros, teias de aranha, e tudo o mais que possam imaginar dos filmes de terror!

Chegámos num instante. Subimos no estreito elevador até ao 5º e último andar daquele prédio lindíssimo antigo mas recuperado, em plena Lapa. Eu segurava cuidadosamente a Sobremesa Maléfica, que tinha preparado. Um gelado de nata muito congelado, dentro de uma caveira de cor branco-fluorescente, onde escorria molho de frutos silvestres que se assemelhava a sangue, conferindo um aspecto perfeitamente horrível ao pobre gelado!
O P. deitava o olho para dentro do enorme tupperware onde eu cuidadosamente guardára a dita sobremesa, com ar de quem queria já provar um bocadinho e também ver o efeito final.

Depois dos cumprimentos "terríveis" entre todos e de colocar a sobremesa novamente no congelador da S., fomos para a Sala.
O ambiente era mesmo magnífico, agora que estava tudo pronto e as velas acessas sem qualquer tipo de luz eléctrica. Ouvia-se música clássica. Tchaikovski - ou o "heavy Classical-composer" como carinhosamente lhe chamo - conferia ainda mais mística e suspense ao local que tanto trabalho nos tinha dado a preparar, durante a semana. Mas tinha valido a pena. O P. e o D. - o marido de S. - estavam rendidos às nossas artes decorativas inspiradas em ambientes góticos!
O restante grupo chegou de seguida... O F., a B, e ainda outros amigos do D., enchiam a casa e tornavam o ambiente cada vez mais estridente e... "pesadamente" alegre!

A confusão já reinava entre conversas variadas, aperitivos à base de cocktails de côr vermelha, e salgadinhos em forma de abóbora.
Distanciei-me um pouco
, e fui até à zona mais reservada da enorme sala: o terraço. Abri a porta e saí para tomar um pouco de ar fresco...

A vista sobre a cidade e o rio é magnífica... Lá estava a Lua semi-cheia, cálida e brilhante. Diria até, Majestosa, mesmo a "meia-haste"!...

Entrei novamente, pois a S. estava a reunir os monstrinhos para o Jantar Tenebroso!
A noite foi fantástica! "Monstros" cheios de sentido de humor animaram a conversa, e alguns engraçadinhos pregaram sustos valentes, sempre que alguém ia à casa-de-banho...
perto da uma da manhã, discutia-se para onde iriamos a seguir. Depois de muito "Conferenciar" o "Conselho Monstruoso" decidiu ficar em casa e apostar no mais tenebroso dos jogos: o Jogo da Verdade, em que o objectivo seria... conviver com os nossos "monstros interiores", sem medos... enfrentá-los!

Esta, foi sem dúvida, "the Ultimate Experience"...
No meio de máscaras, de monstros, de muitas teias de aranha, e cicatrizes, ali estávamos nós. Cada um, a mostrar a sua face mais oculta, a expôr os seus verdadeiros monstros a um grupo de amigos, mas também a alguns menos conhecidos.

Rimos, brincámos, emocionámo-nos, e... a noite acabou por ter um significado muito especial para todos, unindo-nos ainda mais.
Libertou muitas pressões e repressões... tornou-nos mais cúmplices e compreensivos acerca de outras realidades e formas de sentir, percebemos melhor a singularidade de cada um.

A noite de todas as Bruxas e de todos os Monstros, enfeitiçou o momento partilhado, e criou um espirito de equipa e amizade ainda maior. Conhecemo-nos melhor, mesmo quem julgávamos conhecer muito bem...
Na noite de todas as Bruxas e de todos os Monstros, soltámos as amarras, e fomos surpreendidos pela espontaneidade das revelações, pela coragem de algumas intervenções, e pela forma como, numa noite, alguns se libertaram de muitos monstros antigos, aniquilando-os para sempre...

Entrámos no dia 1 de Novembro, como se fosse o primeiro dia de uma nova Vida, e com uma experiência rica e bonita...
A Lua despediu-se do grupo que, no terraço, dava as boas-vindas ao Sol que, timidamente, se mostrava no horizonte...
Mais um dia. Mas não um dia qualquer. Dia 1. O primeiro de um novo ciclo. O primeiro dia de muitos que virão. Mais leves, mais ricos, mais soltos, menos sofridos...

Renascemos
, sob os primeiros raios do Sol...
Em silêncio, escutámos o alvoroço profundo do amanhecer, que através da brisa fresca da manhã, nos sussurou uma mensagem que me ficará para sempre. Aprendi que estes momentos podem acontecer mais vezes, e que a partilha e a entre-ajuda não têm dia nem hora marcada.
Tal como o Sol, todos podemos "amanhecer" a cada novo dia.
É a nós quem cabe essa escolha.
A de Renascer... todos os dias. Enfrentar medos e monstros, com a mesma coragem de quem rasga as trevas da noite e viaja até ao amanhecer. Basta ser-se Verdadeiro, saber escutar e...partilhar.


Dedico este texto e música, à minha muito querida amiga, Sol.

Countries & Cities Where I've Been.