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Sunday, September 26, 2010

Why do I Feel Stupid and Wierdly Smilling after a Simple Coffee?

Depois da viagem alucinante entre a Negação e a Aceitação de que uma relação terminou, seguido do fim de uma travessia pelo Luto... podemos sentir-nos predispostos a entrar noutra relação ou nem sequer pensar nisso tão cedo, de forma mais ou menos consciente. 

No meu caso, por exemplo, não procurei nada, ninguém. Continuei a trabalhar em mim, no meu auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal - para também melhor entender os outros - e a focar-me mais na minha força anímica e energia para retomar a minha vida profissional, social, familiar, novos interesses, entre muitas outras coisas. Creio que na maior parte dos casos funciona assim... Mas há sempre os que estão pressionados - quer por eles mesmos, quer pela família e/amigos - para encontrar novamente alguém o quanto antes, com receio que "fique para Tio/a"!. Esta é uma das expressões mais idiotas que alguma vez ouvi, mas existe e continua a ser uma constante dos encontros familiares... 

Creio que concordarão comigo: quando menos se espera, surge alguém que nos desperta o interesse, a curiosidade, que queremos conhecer melhor e que, quando menos se espera, alguém com quem estamos a combinar pequenos programas quase todos os dias. Muitas vezes surge um/a bom/a amigo/a, outras, algo mais, que pode ou não conduzir a uma relação sólida e que preencha cada um das partes.

Voltamos a uma nova relação em que a Paixão incita a que se queira conhecer melhor o outro e a retomar a esperança de que "aquele/a" pode ser "o tal"!
Sim, de facto pode. Mas pode ser mais um testezinho maroto do Dr. Cupido que, desta forma, está a testar o que supostamente aprendemos com a/s relação/ões anteriores. Por isso, seja cauteloso/a, não mergulhe de cabeça porque o mar pode ser mais raso do que aquilo que pensamos e vai doer muito novamente... 
Deixe-se ir, claro, deixe fluir, mas com calma, ou como diria o nosso amigo Paulo Bento - com muita tranquilidade! :) O Mundo não acaba amanhã e se tiver que acontecer algo de bom, it will come.

Algumas dicas
 - Não faça comparações. 
Quem ficou para trás, ficou! Por isso, a fase do luto é um processo de reciclagem emocional obrigatório, seja qual for o formato. Senão, vai entrar numa nova relação com o fantasma do outro/a;

- Carências e certezas do fim do Luto.
É muitas vezes nas situações em que nos deparamos com outra pessoa que "mexe" um nadinha com o nosso ritmo cardíaco - depois de tanto tempo sem sequer querer saber que existia um mundo lá fora - que... somos confrontados com uma enorme carência afectiva e/ou que afinal... ainda pensamos imenso na outra pessoa que supostamente estava para trás. Então, neste último caso, o Luto não acabou... A outra pessoa ainda não lhe é indiferente - nem um bocadinho ou o suficiente para que não dê por si a cair, novamente, numa enorme nostalgia apática e letárgica. Neste caso, pare! 
Pense no que realmente é importante para si, para a sua vida, e se quer continuar a pensar em alguém que não está muito preocupado consigo, alguém que o/a manipulou(a), alguém que não sabe o que quer há demasiado tempo... no fundo que lhe fez/faz mal, de alguma forma.
Por isso, é importante que no rescaldo do Luto - quando já conseguimos raciocinar melhor e tudo está mais nítido - se faça aquilo a que Nuno Amado chamou de "Autópsia da Relação". E o que é isto? É isto mesmo! Em detalhe, procurar numa relação já morta quais os orgãos, os sintomas, as perturbações que levaram ao seu fim.
Estas são as 5 áreas em que o autor dividiu esta autópsia:

1. Breve Descrição do Parceiro
Como é a sua maneira de ser, que tipo de pessoa é, que interesses tem, qualidades e defeitos?

2. Características do Parceiros que Motivaram a Atracção
Personalidade, Inteligência? Beleza? Atracção física? Forma semelhante de ver o Mundo e a Vida? Sensibilidade, prazer em passar tempo juntos? O à-vontade nas conversas?

3. Início da Relação
Como iniciou? Quem tomou a iniciativa? Como se deu a "dança" da sedução? Onde ocorreu o primeiro encontro? Quando aconteceu o primeiro beijo? Quanto tempo desde que se conheceram até estar oficialmente numa relação?

4. Evolução da Relação
Como evolui esta?
4.1. História da Relação: momentos mais felizes e mais infelizes. Como evoluiu a intimidade, a paixão, o compromisso. Ocorreram episódios de traição? Quando e porque motivos? Aconteceu alguma separação temporária? Se sim, porquê e durou quanto tempo?
4.2. Principais Características da Relação: com que frequência se viam? De que falavam? Como era o contacto físico? Como era a vida social? Como era vivido o ciúme na relação? Como eram vividas as discussões? Até que ponto cada membro do casal estava satisfeito com os diferentes aspectos da relação?
4.3. Mudanças no Casal: a percepção das caractísticas do parceiro alterou-se com o tempo? Em que sentido? Que qualidades ou defeitos foram sendo revelados? Algum dos dois mudou como pessoas?

5. Fim da Relação
Como terminou? Quem terminou? Como foi sentida essa ruptura por ambos? Que reacções teve cada um? Ficaram amigos? Ainda se falam? Houve vinganças?
Arrependimentos: actualmente teria procedido de forma diferente em algum aspecto da relação? Ficaram "coisas" por dizer?

 - A solidão involuntária...
seja qual fôr o motivo, é - contudo - um excelente momento para que um desenvolvimento interior mais profundo aconteça. Pode até ser um ponto de partida em que surgem novos hobbies - ou um maior empenho nos que já existem - , bem como criar e desenvolver novos interesses. 
Ao mesmo tempo, estará a processar novas emoções dentro de si que o farão reflectir no que é importante - e não tanto no acessório: o que deseja conquistar num próximo relacionamento.

 - Com base nas suas experiências anteriores...
...no que aprendeu, nos seus pontos fracos, das relações que teve... tente perceber quem é mesmo a outra pessoa que acabou de conhecer e o que pretende para si. No início queremos todos mostrar o nosso melhor e é tudo maravilhoso. Mas é em situações de maior contacto e rotina que começamos a conhecer, de facto, o outro. Por isso, o Tempo é também um bom aliado. Pratique bastante a amizade e os afectos para que se possam conhecer bem, mutuamente;

 - Não magoe, nem se deixe magoar. 
Se sentir que a relação está a ir longe demais e não tem certezas do que sente/quer, etc... Converse com a outra parte e decidam o que fazer em conjunto. Ou, se já tomou uma decisão, avance com o que sente que tem de fazer. Faça-se respeitar, mas respeite também o outro. É preferível ganhar um bom amigo/a, pelo medo de arriscar perder um/a mau/a companheiro/a, sem que reste mais nada.

 - Escute a opinião dos seus amigos mais íntimos 
...dos que o conhecem melhor e querem que seja mesmo feliz. Fale com eles sobre o que sente (ou não sente), se possível. Abra-se sobre a relação anterior e ouça a opinião deles, se ainda florescerem dúvidas.
Se enveredar por uma nova relação - perfeitamente resolvido/a - dê a conhecer aos amigos mais íntimos a outra pessoa, passado algum tempo. Organize um jantar ou uma bebida de final de tarde para que exista contacto e o mínimo de conversação entre os seus amigos e o outro. Desta forma, talvez tenha um feedback mais exacto de outras pessoas que serão bem mais isentas do que você, mas que no limite, querem o melhor para si. :)

 - A importância de um Companheiro/a, não de uma Companhia...
Tanto a mulher, como o homem, quando inteiros, podem escolher ter um companheiro de jornada autêntico, que não esteja envolvido numa linha cruzada de projeções recíprocas, reflectidas nas necessidades pessoais de cada um.


Se tiver mais sugestões, envie! :)
É sempre bom ouvir outras opiniões, aprendemos sempre algo de novo com as experiências dos outros.
E com este artigo, termino a semana dedicada ao Amor e aos relacionamentos... :)
O Amor é a essência da Vida. Por isso, não deixe de viver sem ele, mas não se magoe nos espinhos da mais bela e perfumada Rosa. Amar sim, mas com respeito por si e pelo outro. Isso sim, é Amor. Seja uma amizade seja uma relação de companheirismo romântico. E tenha em mente que... tal como a Rosa, mesmo a melhor das relações tem espinhos. É importante comunicar - sempre! -, evitar mal-entendidos e equilíbrar as coisas quando os nervos se mostram à flôr da pele...


Love, 
Take Care.
Birdie :)

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