Já sei o que estão a pensar: "lá foi ela escolher um tema fácil e cliché para escrever mais um texto do Blog...". É verdade! Reconheço. Sim, é falta de imaginação até, mas na realidade confesso que... é só uma boa desculpa para introduzir um tema que é caro a todos, sem excepção - o Amor. Sim, ou como cantaram muitas vozes, "That Old Devil Called Love".
Estamos muito perto do fim de mais um Verão.
Como todos sabemos, esta época é por si só, propícia a relacionamentos inesperados, os chamados Amores de Verão. A praia, o corpo mais desnudado, o calor, o contacto com a Natureza e com a nossa essência, uma maior espontaneidade e disponibilidade - porque somos donos do nosso tempo - e a ausência dos problemas que ficaram no escritório ou em casa, geram todo um conjunto de factores que provocam e despertam os sentidos, as emoções, e nos levam para longe em "leitmotivs" diversos: festas de praia, convívio com amigos e o conhecer de novas pessoas, novos locais onde - em muitos casos - nunca haviamos estado, etc..
Todos estes factores são faíscas junto a pólvora seca que conduzem muitos a encetarem novas relações amorosas ou simplesmente a fortalecer as que já vivem.
Os amores de Verão são amores relâmpago, paixões arrebatadoras que culminam em momentos mágicos vividos a dois, onde não se pensa muito no Amanhã. São amores de momento que geralmente morrem com o fim das férias - apesar de, hoje, a Tecnologia permitir o contacto permanente e presente dessas e de todos os tipos de relações. Há, no entanto, uma percentagem reduzida de relacionamentos que não se extingue com o regresso dos dias frios e das rotinas. Persistem e resultam, por vezes, em relações duradouras e felizes.
Com o final do Verão e o regresso das noites mais frias e dos dias mais escuros e pequeninos, temos muitas vezes aquilo a que se chama a "depressão pós-férias", provocada essencialmente pelo regresso às responsabilidade e problemas da Vida, mas em alguns casos também motivada, em parte, pelo vazio sentido com o fim de um fogo-fátuo que nos soube bem mas que terminou porque não passou de um momento de encantamento e paixão despoletado por ambientes geradores de muita dopamina no nosso maravilhoso cérebro (irei explicar mais sobre a Dopamina, nos próximos textos).
E é esta a minha "deixa" para que, durante a próxima semana, me dedique exclusivamente a temas relacionados com... o Amor nas suas várias facetas - alegrias e tristezas; inícios e lutos; guerra e paz...
Ninguém sabe tudo sobre o Amor. Eu não tenho sequer a veleidade de me considerar especialista no assunto, longe disso. É talvez o tema mais complexo da nossa existência, mas - como já referi - por se tratar de um tema caro a todos nós e representar a espinha dorsal da nossa existência, vou partilhar o pouco que fui bebendo ao longo da minha experiência de "viagem", sem pretensões de ensinar, aconselhar ou julgar alguém.
Como diz uma grande e querida amiga minha, somos concebidos através de relações e ainda no feto iniciamo-nos neste maravilhoso mundo misterioso que não se explica mas que se estuda desde o princípio dos Tempos e para o qual já existem alguns factos mais comprovados.
Mas na generalidade, todos nós sabemos muito pouco sobre relações porque apesar de ser algo de tão importante e estruturante nas nossas relações, não somos ensinados. Aprendemos através da experiência, ao longo de toda uma Vida.
Por ser um tema tão fascinante e de tão fulcral importância, vou dedicar-lhe os próximos dias do mês de todos os Regressos... no qual se inicia sempre um novo ciclo, no qual os dias também convidam a um regresso ao "cocoon" para reorganizar ideias, tomar decisões, realizar algumas mudanças e comportamentos, mas onde o Amor estará sempre presente, mesmo que ausente...
Today, a special "Love",
Take Care,
Birdie
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