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Thursday, January 29, 2009

A lista da morte

Há coisa de duas semanas emprestaram-me um filme. O The Bucket List de 2007 dirigido por Rob Reiner com Jack Nicholson e Morgan Freeman nos principais papéis.

O filme conta a história de dois doentes em fase terminal que se conhecem no hospital. Um é rico (Jack Nicholson) e o outro não (Morgan Freeman). Ao descobrirem que lhes resta poucos meses de vida resolvem fazer uma lista de desejos que gostariam de realizar antes de morrer. O dinheiro não é problema e nos meses seguintes viajam pelo mundo realizando cada um dos seus desejos.

O tema até é bom, mas a leviandade com que é abordado acaba por estragar tudo. O filme é uma comédia dramática pois retrata um drama com a ligeireza característica do género e com isso consegue mostrar como se desperdiça dois dos melhores talentos da representação de hoje, num argumento fácil e carregado de clichés.

A previsibilidade da trama e o dilema moral entre o espiritual e o material há muito que é recorrente em Hollywood e quando abordado desta maneira, não atinge outro objectivo senão o de entreter e fazer rir. Se o objectivo era colocar as pessoas a pensar sobre a forma como andam a viver, acho que ficaram um pouco aquém.

Se compararmos a Lista de Bucket com o magnífico Into the Wild (Sean Penn, 2007) verificamos que o primeiro rendeu $175,000,000 sendo 53% das receitas provenientes dos EUA, ao passo que o segundo rendeu apenas $55,000,000 sendo a Europa e resto do mundo responsáveis por 67% dessa receita.

Ambos os filmes falam um pouco da mesma temática embora com abordagens diferentes. Mesmo sabendo que a Lista de Bucket junta no elenco dois grandes actores, o que desperta a curiosidade e a apetência do espectador, estes resultados levam me a duas simples conclusões: (1) Os americanos preferem a comédia ao drama; (2) Apesar de menos visto que o filme de Rob Reiner, o Into de Wild foi mais visto pelo resto do mundo.

Com isto vemos traçado o perfil do americano comum que prefere abordar os dramas de forma lasciva e descontraída sem ter muito que pensar.
Ao contrário do americano, eu pensei muito e não sei se hei-de classificar o filme como mau, péssimo ou medíocre.

Mas para zombar da morte nada melhor que os Monty Pythons no The Meaning of Life de 1983 . Aqui fica um apanhado dos melhores momentos ao som de um tema que também fala da morte "Welcome to the Black Parade" dos norte americanos My Chemical Romance's.


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