Dias em que me sinto pequenina. Indiferente. Distante do Calor da Vida.
Olho em volta e vejo muita gente, mas ao mesmo tempo, ninguém.
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Não me apetece ter de apetecer alguma coisa, porque na realidade, já nada me apetece.
É uma sensação de impotência perante os factos que a Vida me apresenta.
Olho para as cartas do meu baralho, e jogo, jogo, jogo, jogo, neste jogo de Ganhos e Perdas. Baralho, e volto a dar as Cartas. A dar o benefício da duvida. A dar a oportunidade. A dar a volta ao Desânimo, e desafiar a Esperança para um novo Set...
Mas hoje... prefiro arrumar o baralho. E não me apetece voltar a jogar, em jeito de desprezo pela Esperança de algum dia vir a Ganhar, outra vez.
Quero cair na Prisão, e ficar três vezes sem jogar. Quero cair no quadrado vermelho, e voltar atrás não sei quantos passos. Quero... e não Quero. Porque não me apetece mais...
Hoje... nada me apetece.
Afundo a cabeça na almofada macia, viro-me de lado, e lentamente... deixo-me adormecer sem pensar em nada, em ninguém. Sem querer saber se algum dia vou novamente acordar... Talvez não me apeteça mais...
Apago a Luz. Não há Vida.
Fecho os Olhos. Deixo de Olhar.
Encaixo-me na cama, e adormeço... lentamente, com a carícia das lágrimas quentes que rolam pelo rosto. O único carinho que me resta, porque... ainda sinto. Sinto muito.
Sinto muito que já não me apeteça mais...
1 comment:
Há dias assim, que não terminam... são desafios permanentes à nossa resistência, que é muito muito grande, beijinho amigo!
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