
No entanto, talvez por me sentir uma destilaria - não de whisky mas de água - fui invadida por uma sensação de perda... Não de água, embora suasse as estopinhas, mas antes, uma sensação de "perda de chão"...
Mergulhei na multidão na tentativa de me fundir e quem sabe, me diluir por completo. Talvez assim este sentimento de perda que parece sufocar-me pudesse desaparecer... Não consegui.
Estás lá sempre. Sempre! E por vezes, até parece que te vejo sorrir...
Entre a música da minha playlist 2, a multidão e o calor, superas tudo!
Como uma vela vigilante e companheira que arde lentamente, derretes tudo o que há em mim... mas a tua Luz, permanece sempre bem perto... a cada segundo que passa.
Eu, tento equilibrar-me no alto dos meus saltos.
Tu, desiquilibras-me a Alma e sou arrastada pelas minhas sandálias, que ao menos trazem algo de dignificante ao que ainda sinto de mim.
Porque não te apagas?...
A minha cabeça relembra de cór tudo o que disseste, cada um dos teus gestos, e carinhos. Parece um computador à procura de pistas, indícios, ou palavras-chave, que me levem a compreender o que buscas, quem és afinal, e... onde estás. De forma incessante e constante.
Não sei de ti... Perdi-me em ti, e ainda não sei bem onde fiquei... Onde ficámos. Onde ficaste?
Aprendo contigo as artes mágicas da Evasão, e tornar-me-ei Mestre em desligar de mim, sempre que um Jogo esteja no fim... para não sofrer? Para não magoar? Para não encarar a mentira, o arrependimento?...
Não sei... Estas, já são as opções avançadas de um Jogo qualquer que nunca quis jogar... Sempre te disse que não gostava de Jogos...

Uma brisa fresca e revigorante espanta o calor que teima em permanecer.
O sofá aconchega-me. Agora, tudo acalmou...
O Palma leva-me no seu Vôo Noctorno. Sinto o vento nos cabelos com a velocidade a que viajo. Ao longe, o Rio e as luzes brilhantes e mágicas da outra margem.
Destilam-se lágrimas que, docemente, dissipam a intensidade da tua Luz...
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