Ao longo da minha vida, tive o privilégio de conhecer pessoas que me marcaram. Não são muitas, mas as suficientes. E outras estarão para vir, por certo, se o Universo assim o entender.
Estas marcas que perpetuam e despertam a alma, nascem por um de dois caminhos: pela positiva ou pela negativa. Mas mesmo estas últimas, deixaram um lastro de energia positiva que me permitiram um reforço da espinha dorsal, relançaram-me para novas perspectivas e me fizeram subir mais uns degraus na tal "experiência de vida", que - dizem - nos vai tornando em seres mais maduros, tolerantes e com maior capacidade de escutar o outro.
Mas há seres-humanos verdadeiramente brilhantes e ao mesmo tempo... capazes de partilhar a sua luz mais vibrante com os demais, com a maior naturalidade.
Há muito tempo que não encontrava ninguém como ele. Inesperado, contundente, vivido e experiente, com muitas marcas, mas esvaziado de feridas, sem nada a provar, correndo muitos riscos, mas sem medo. Um homem que arrisca a vida para denunciar a maldade, a mentira, a injustiça e a impunidade dos que se têm em conta de Homens ser.
Ao longo de três dias intensos de partilha, de confronto, de sensibilização - como ele gosta de dizer - mas também com muito daquele humor que nos faz pensar, o Rui partilhou uma das coisas - aparentemente simples - que não se ensina na escola, não se aprende (facilmente) nos livros e na esmagadora maioria dos casos, nem a família nos transmite, porque não sabe, não o sabe fazer... ou não tem tempo.
A vida não é simples. Mas torna-se mais fácil se houver humildade, vontade, esforço e trabalho sério, valores fortes, coluna, honestidade e solidariedade, muito amor e amizade desinteressada, frontalidade e laços fortes.
Apesar do Poder, apesar da incapacidade que julgamos ter - e temos - relativamente à falta de Justiça e ao abuso do Poder, apesar da falta de rigor e seriedade, apesar da evolução profissional e das relações se fazer mais na horizontal do que na vertical, apesar, apesar, apesar, apesar.... temos sempre a capacidade de nos manter erguidos, como o Bambú, que mesmo em dias de vento e fortes tempestades, balanceia, dobra, mas não parte... não verga.
Obrigada, Rui, por me mostrares que ainda é possível lutar contra-correntes sem ter de esquecer ou ignorar os meus valores.
Obrigada por me fazeres acreditar que tudo é possível, se souber contornar a situação com muito empenho, sabedoria, inteligência e, acima de tudo, muito trabalho.
Obrigada por me teres permitido redescobrir a garra, a força e a energia da grandiosidade daqueles, que, com mais trabalho e empenho, sabem viver integrados sem perder a essência daquilo a que se chama Humanidade.
Love,
Take care,
Birdie
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